seria o seu canto escuro. o canto que podia confundir-se com o tão conhecido quarto escuro. aquele onde a fechavam quando fazia asneiras. onde só ouvia. ouvia-se. lamentava as injustiças. revia figuras humanas cobertas de espinhos. e esperava pacientemente o final do castigo imposto. recebia ordem de despejo dos locais de luz. e assim a nomeavam pelos seus dois nomes. qualquer coisa maria. acreditava que era para conseguir impor castigos que existiam dois nomes. não o faria com os seus filhos. para não terem que passar por quartos escuros, escolheria apenas um nome a cada um dos que parisse.
nada disso a aliviou da injustiça. para esta não tinha lágrimas. para esta não tinha palavras amargas. e tinha a certeza que o tempo não curaria nada. a certeza que não iria esquecê-la... nunca!
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6 comentários:
O meu filho tem um só nome próprio.
Pelas mesmas razões!
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[Beijo...@]
perturbante...a (re)ler....
Interessante esta teoria dos dois nomes. Os meus 4 filhos tem todos dois nomes próprios. Fiquei a pensar no teu texto. Acho que preciso de o reler.
Beijinhos
e tinha a certeza que o tempo não curaria nada. a certeza que não iria esquecê-la... nunca!
assim me sinto.
bjo
"acreditava que era para conseguir impor castigos que existiam dois nomes."
é extraordinário como isto é verdadeiro. só não sei porquê.
um beijo tufa.
Verdade dolorosa.
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