queria lembrar-se de tudo. não lembra! disseram-lhe que a memória é selectiva. é-o! no entanto, recordava bem a angústia que sentira sem saber porquê. não era supersticiosa, mas pesava os seus pressentimentos em demasia. tinha-os. e aquela angústia nada lhe tinha dito. nada! a vida não estava fácil. mas os ânimos não esmoreciam. por isso ela devia ter-lhe falado. não estava preparada para certos momentos. ainda não era o tempo. queria lembrar-se de tudo. não lembra! recorda que se deitou, tarde, sem lhe fazer o habitual pedido: "dá-me um beijo quando te deitares". não sentiu o beijo. costumava acordar. não sentiu aquele beijo, que teria sido o último. um último beijo... que nunca mais sentiu.
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4 comentários:
Se achas que te faz bem continua a escrever assim. Exorcizar um passado que não pode voltar.
O teu caminho é em frente, Tufa, em direcção ao Futuro!
Um beijo
Gosto dos teus textos.Gosto de vir aqui sempre.
deixo um beijjo
della
Um beijo se é que te pode aliviar um pouco.
um abraço muito apertadinho
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