chamei-te tantas vezes
certa que ouvirias
sem gritos, sem revoltas
sabes que por ti não durmo
e sabes porque não o faço
conta-me uma verdade
mas uma que o seja
e, como uma criança, acreditarei nesta
acalma-me os dias
que são de ardência
sossega-me os suspiros
que já doem no peito
as lágrimas, ácidas
a saliva que me seca os lábios
os braços que doem de não haver força para abraços
e, como uma criança, aceitarei de novo o teu aconchego
afaga-me
que o coração, que dizem não doer, doi-me a mim
salta-me nas veias
em todas elas
os músculos tremem-me
e, como uma criança, quero ainda o teu colo
chamo-te tantas vezes...
6 comentários:
a verdade é tão fugaz que não se prende na pele, mas no vento.
AMIGA TUFA
FICO SEM PALAVRAS COM A INTENSIDADE DESTE TEXTO... OU SEJA, PREFIRO SENTI-LO, SEM COMENTAR...
BEIJO SENTIDO
(...)conta-me uma verdade(...)
A súplica de um poema triste. Se essa verdade não chegar, deixo aqui, em silêncio, ao pé da porta, um recadinho:
'A maior das maiores tristezas é não ser capaz de desejar'.
abraço
A verdade merece um colo, um abraço, o amor. Tudo em verdade, mesmo que em instantes possa doer.
Beijinho.
dessine moi um mouton...
abraÇo
Fiquei aparvalhadamente muda com as palavras tradutoras de um grito que contenho:
Sabes que por ti não durmo
Conta-me uma verdade
Mas uma que o seja
E, como uma criança, acreditarei
Um grande abraço.
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