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terça-feira, 27 de março de 2007

"o amor nasce de quase nada e morre de quase tudo"
júlio dantas

recebeu mais uma carta, já nem era segunda, o mesmo teor em belas palavras de assédio.
perguntou-se o que teria feito de errado para ser alvo deste assédio descarado.
recebeu uma quarta, ele não desistiria. era seu colega, conheciam-se já, para cúmulo conhecia a sua mulher... ele não iria desistir.
não fez segredo, não quis fazê-lo. o meio era pequeno, o caso foi notícia embora só para alguns.
que audácia a sua, poderia chegar aos ouvidos da sua mulher e corria o risco. as cartas sucederam-se, sempre no mesmo teor, convites a certas danças, jogos de sedução... os seus jogos de sedução.
os colegas trocavam críticas entre si, incompreensível atitude, como pode fazê-lo... aqui no meio.
estava a tornar-se complicado evitar que a ou b usassem a famosa frase "vou contar-te um segredo, mas não digas a ninguém". o caso passou de algumas bocas a outras, até um pouco fora do meio.
a ameaça teve que surgir, o assunto não poderia manter-se vivo...
voltas a escrever uma carta que seja e "publico-as" nas mãos da tua mulher...
era uma brincadeira, não era para ser levado a sério, isso não, não conseguiria lidar com o confronto. acabaram as cartas... para aquela colega.

arranja-se outra, era a sua especilidade...


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