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sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

nem todas as marés cheias são revoltosas
ou as preia-mar inofensivas

calmamente triste, a olhar o mar
não tenho lágrimas
todas as de sal enchem seu imenso corpo
e, tristemente calmo como eu,
recupera da fúria cuspida na tempestade noturna
amansadas, as águas perderam o azul,
misturadas com o barrento do rio
em deslumbramento precipitou-se em seu leito
para ao mar se entregar sem hesitar
enamoram-se na chegada à foz
soluçando a sua paixão em
......................................... gritos incontidos
......................................... beijam-se, maltratam-se
......................................... misturam o sangue frio nas
......................................... veias
......................................... espumam-se como um acto
..........................................de amor
..........................................e olham-se lado a lado,


.................................. para sempre...


4 comentários:

Marta Vinhais disse...

Mas podem separar-se...
Basta aquele momento para se ter a eternidade...
Lindo...
Beijos e abraços
Marta

Anónimo disse...

tudo o que vive tem a sua nascente e sua foz e tanto na sua nascença como no seu dasaguar, existe a permanente mescla das coisas, do rio/mar, céu/terra, homem/mulher em ternos abraços, para sempre.
Bonito Tufa.
A imagem é terrificamente bela

O Profeta disse...

Tu és ribeiro de cristalinas águas de encontro ao sonho...


Ergui-me ao vento na tua procura
Fundi um abraço com o sol da tua ternura
Modelei o amor com as palavras mais belas
Curso de errante espírito na tua procura

Porque o pensamento é voo de milhafre
Aprisionado em gaiola de palavras
O infinito e o incomensurável
Volto ao encontro das tuas profundas mágoas

Bom fim de semana


Mágico beijo

lola.f disse...

Olá, li e li e posso te disser que esta lindo adorei,bjs se quiseres passa pelo meu ::::

http://aurorasilva.blogspot.com/