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domingo, 16 de dezembro de 2007

hoje as minhas palavras estão amargas, revoltadas
revoltadas contra a liberdade
a tua
a das tuas palavras
que me aprisionam no sentido
não as entendo
e, com elas
não te endendo a ti
seria melhor calar-me
esconder-me nas tuas ausências
pois não sei onde estás
não sei quem és
não sei que dizer-te
hoje a amargura das minhas palavras contrasta com a doçura das tuas
nas essas encontrei-as por acaso
não me foram dirigidas
foram as palavras que amargaram a minha boca
não sei viver assim
não posso
não quero
não te quero conhecer
pois não te reconheço
e confundo tudo o que me dizes
com o que dizes por aí
não quero
não sei viver assim


1 comentário:

Anónimo disse...

Será que essas palavras estão escritas em Esperanto ou nalguma língua do Mar Morto ou, quem sabe, hieroglifíca? E quem a obriga a entender essas tais palavras? Se calhar elas não fazem mesmo sentido algum e você quer à viva força que elas façam luz na sua mente.

Um poema agreste, contrastante com a musicalidade e os motes de amor e esperança que são mais usuais ler por aqui.

Henrique Broa Castelar