.
.

sexta-feira, 16 de novembro de 2007


escrever para uma imagem
por ela
sentir na pele o que ela diz
olhar e ver-nos lá
agarrados a um solo
unidos por um ponto
seguros da presença um do outro
lado a lado
quase paralelos
almas gémeas
num crescente
dirigido aos céus

6 comentários:

Anónimo disse...

SUPONHO QUE TB. DESEJES QUE SOB ESSE CRESCENDO (TERMO TB. MUSICAL) LADO A LADO, SOB O SOLO, AS RAIZES SE EMARANHEM E SE INDISTINGAM E ASSIM O ALIMENTO SUGADO DA TERRA POR UMA DAS ÁRVORES POSSA ALIMENTAR A OUTRA E VICE-VERSA...

EU A BOTÂNICA NUNCA FUI GRANDE COISA ;))...

BEM, SE AS RAÍZES NÃO EMARANHAREM, AS COPAS DECERTO PODERÃO!!!

BEIJOKA INVULGAR DE LINEU :)

pn disse...

não será monótono?
quase como siameses?

maria josé quintela disse...

somos raízes ou ramos?

mari (a)penas... disse...

Importa que estejam sempre, lado a lado, o tempo é indefinido e a felicidade crescente.

Bjinho

carteiro disse...

bem, eu fiquei fascinado quando vi a fotografia e li o primeiro verso. é que não num passado muito distante estive num cenário de protagonistas parecidos, em que em vez de dois eucaliptos, haviam três, que formavam um triângulo e onde deu para eu me sentar no meio. estava no meio do campo, onde o que rodeava era só mato e paredes de pedras feitas por antepassados há muitos anos. e lá **tentei** "escrever para uma imagem".
o resultado não foi grande, não passou de uns dois versos pequenos que nunca usei, mas o gesto alegrou-me o coração :)
e com tanta conversa, devo pedir desculpa por ter fugido ao que realmente deixaste escrito.

aquele tipo de dependência mútua que junta cresce até aos céus, que observa o mundo dos mesmos ângulos e que apanha a mesma luz, é formidável.

jorge esteves disse...

No tempo em que as árvores entendiam a voz dos humanos, elas sempre ficariam gratas pelo poema!...

abraço.