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quinta-feira, 17 de maio de 2007



escalda esta areia da praia
estas pedras das rochas
urge banhar os pés
refrescá-los deste calor intenso

magoam estas conchas partidas
esta areia grosseira
está perto o mar
que bom é nele entrar

mas ardem os golpes
no sal desta água
estanca o sangue
dos cortes em concha

a maré não está baixa
depressa a água sobe
e a areia refina
e os cortes amansam

a cintura sente-a já fria
mas continua a andar
mar adentro
à procura de perder o pé

de dedos abertos
as mãos velejam
sobre ondas calmas
que quase sobem no peito

dois passos em frente
e uma onda maior
passou sobre ombro
e os cabelos molhou

os pés estão no ar
qual sereia a nadar
e a água salga
toda a pele ao molhar

mergulha bem fundo
rasa a areia com a pele
volteia sem ondas
para à superfície voltar

repete tanta vezes
quanto o fôlego deixar
mergulha menina
para dentro do mar



6 comentários:

A.S. disse...

Uma deliciosa dança aquática na forma de poema!


Um terno beijO!

Anónimo disse...

TUFINHA!!!

ÀS VEZES MESMO COM OS PÉS CANSADOS DAS CAMINHADAS E GRETADOS PELOS SAIS DAS TEMPESTADES... TEMOS DE SEGUIR EM FRENTE... MAS NÃO PARA O MAR!ISSO É BOM PARA AS SEREIAS... NÓS PARA TERRA, SEMPRE COM PEZINHO FIRME!...

BEIJINHO ATADO À BÓIA ;)...

as velas ardem ate ao fim disse...

Consegui sentir me na praia.

Lindo.

bjos

Anónimo disse...

Tufa

espero que tenhas gostado do encontro da terra brasilis.
acha que devemos repetir a dose?

beijos fuser


*volto para le-la com calma no fim de semana. della)

Anónimo disse...

O mar é a segunda pele, lugar de origens, porto de chegada, é sempre um regresso adentrar-se no mar.

Enfim... disse...

esta fantastico muito bonito, a imagem esta muito fixe tambem

Bjokas

Bom fim semana