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sábado, 24 de março de 2007


a varanda para o lago
... pouco bela a visão mas fecho os olhos e oiço o movimento da água, o seu cair como se fosse pura, cristalina... não é
... pouco bela a imagem mas repito-a daquela varanda, tento torná-la bela, apetecível... não é
... parca a varanda deste lado do jardim, a contrastar com a beleza da sua varanda natural... porquê vir a esta... a janela a sul é bem mais promissora em imagens...
... da outra janela não oiço a água, vejo o rio, a ponte, as pontes...
as pernas percorrem os mesmos trajectos... têm vícios... fogem das gentes... isolam-se nas varandas quando vazias... as pernas páram, assossegam-se e sentam-se... deixam-me ouvir o som da água a cair... mistura-se com o barulho da folhagem ao sabor do vento... a brisa arrefece na sombra da ramagem... acaricia-me a pele, os cabelos... faz voar o meu chapéu... quase... a varanda é pequena... alívio... o pequeno arbusto travou o seu mergulho no verde da água... conservei o chapéu... castanho...


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