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sábado, 24 de março de 2007




esta é a chuva que me molha e arrefece os meus nervos... a que me molha o rosto e me traz calma... a que confundo com as minhas lágrimas... a mesma chuva que buscava para gracejos... a que molhava toda a minha roupa num divertimento anual...

este será o meu muro das lamentações... o meu retiro... o local para as minhas lágrimas... as que não derramarei...
quando penso que as libertei todas, eis que alguma teima em nascer... não a abortei a tempo... terei que a matar à nascença.
quantas mais lágrimas não quero derramar... não quero mais provar... quero que me molhem o rosto... me arrefeçam o olhar...

quantas lágrimas não verti hoje e não verterei amanhã... e das choradas já nada resta, pois secaram... repuxaram a pele... arderam no olhar...
depois de amanhã também não voltarei a chorar...



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