na árvore da felicidade,
há raízes felizes,
há troncos felizes,
ramos felizes,
folhas,
frutos,
...
...
mas não se juntam todos felizes.
não se deitam todos nos mesmos lençóis
ou, quando se deitam,
não gostam todos do mesmo bragal.

a felicidade retorce-se para alguns,
contorce-se para outros,
dança para muitos
e, desses muitos,
alguns não a sabem acompanhar na dança.

a felicidade esbanje-se para poucos,
loucos...
perde-se aqui e além,
e nunca fere ninguém.

a felicidade ganha-se,
constrói-se,
destrói-se também...
brinda-se e aplaude-se,
vive-se e viva-se...

ninguém a tem na mão,
ninguém a quer deixar fugir...
e há também quem,
toda a que tem,
a queira deitar a perder...

há quem veja a dos outros,
inveja...
e não meça a sua,
queixume...
há quem cobice e não compre,
não se vende...
ninguém lhe sabe a fórmula,
só dela o deleite...