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sábado, 31 de março de 2007



agora que o silêncio é um mar sem ondas,
e que nele posso navegar sem rumo,
não respondas
às urgentes perguntas
que te fiz.
deixa-me ser feliz
assim,
já tão longe de ti como de mim.

perde-se a vida a desejá-la tanto.

só soubemos sofrer, enquanto
o nosso amor
durou.
mas o tempo passou,
há calmaria...
não perturbes a paz que me foi dada.
ouvir de novo a tua voz seria
matar a sede com água salgada.

(súplica - miguel torga)




2 comentários:

Burlesconi disse...

Um belo poema de um grande (e saudoso) poeta!
E o quadro é autoria de...

tufa tau disse...

o quadro, "calma" é de um artista espanhol, contemporâneo - royo.
gosto bem mais do poema que do quadro (serigrafia).